quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Stop Play Moon

Vou lhe confessar antes de mais nada. Preconceito, ô palavrinha burra. Sempre detestei qualquer tipo de música que misturasse uma batida eletrônica, sintetizadores, algo dançante, etc. e tal. Por exemplo, o disco do U2 – POP, para mim foi um fracasso, nunca aceitei a ideia dessa mistura, pop, rock e eletrônica. Mas ainda bem que mudamos e amadurecemos. Alguns amadurecem tanto que chegam a apodrecer, mas não é o meu caso. Hoje em dia, curto muito uma música que mistura ritmos envolventes, é o caso do Bajo Fondo, Nação Zumbi, Nena e vários outros.
Há exatamente 2 dias eu conheci uma banda nova, recém saída do forno. Tão nova que ainda não gravou nenhum cd, mas já é sucesso no velho mundo. Estou falando da banda STOP PLAY MOON, grupo nascido em São Paulo que toca nas mais badalas festas paulistanas, além de Inglaterra e França. Apesar de ser uma banda nacional, eles cantam em inglês. Outra coisa interessante é o fato da vocalista Geanine Marques, ser modelo, atriz, e inspiração confessa do estilista Alexandre Herchcovith. Mas ela não caiu nesse de paraquedas, Geanine trabalha com música há 10 anos e canta muito bem. Sua voz suave e totalmente feminina cria um magnetismo envolvente que faz qualquer um viajar.

Saiba mais sobre a banda, acesse: http://www.myspace.com/stopplaymoon




Ícaro Vieira

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Botox na vovó

Ela tem mais de setenta, peitos duros como as de uma ninfeta adolescente. Raras deformações pelo corpo. Malha cinco vezes por semana, vida sexual ativa e variada, adora rave. Sai com os amigos nos finais de semana, fuma um baseado para relaxar da vida agita.


Gasta milhares de reais por mês para manter a aparência saudável e o rostinho lisinho como uma bola de bilhar. Cremes de todas as raças, massagem linfática, lifiting, tratamento contra acne, paranóia da beleza. Passa horas à frente do seu laptop de ultima geração para ler dicas e mais dicas de como tratar bem a pele e manter o bumbum durinho. Evita frituras, salgados, doces e afins. Odeia cozinha, criar os netos e ser chamada de vovó. Para o Felipe, seu neto de 14 anos, deu a primeira camisinha e mostrou com a ajuda de uma banana caturra o modo de usar. Moderna, cabelos lisos de tanta chapinha, escova progressiva, formol a vista. No seu fox 1.6 só escuta dance music e ama de paixão mostrar a barriguinha tanquinho da lipoaspiração.


Mundo moderno, gente moderna, pensamentos modernos... assim é a vida que se transforma a cada instante. Hoje vivo uma situação estranha, ao mesmo tempo que estou inserido no mundo moderno ainda me lembro do “velho” mundo. Acho que a minha geração foi a última a ver certas coisas como uma avó de cabelos brancos e óculos de grau, sentada na sua cadeira fazendo tricô. Onde todo domingo o almoço era na sua casa, frango, macarrão, tutu. Uma senhora que amava dar banho nos netinhos, ensinava a rezar para o bom Deus, odiava palavrão. Rugas que demonstravam o seu passado, linhas do tempo que diziam muito mais do que apenas velhice.


Avó desse tipo está em extinção, quem teve vovós assim ainda se recordam de muitas situação engraçadas e gostosas. Sei que avós modernas como escrevi acima não são a maioria ainda, mas preste atenção e veja como elas mudaram bastante. O envelhecer está se tornando cada vez mais tardio. As vovós e vovôs de hoje são diferentes demais, não digo que nem melhor ou piores do que os do passado. Mas um dia quando eu contar para os meus filhos como eram os meus avós, eles irão rir e dizer: Você está muito velho papai.

Ícaro Vieira