domingo, 13 de julho de 2008

Dia Mundial do ROCK

Não poderia de deixar a minha homenagem ao único estilo musical que é tocado em todo mundo. Parabéns Rock'n Roll, nascido nos Estados Unidos e aperfeiçoado pelos Ingleses. O mundo agradece tamanha inspiração.
Para celebrar essa importante data segue a música "Fuckin´up" do Neil Young com a participação do Pearl Jam. Nasci escutando isso aí e quero escutar para sempre.



Ícaro Vieira


sexta-feira, 11 de julho de 2008

Nina Simone

Nascida nos E.U.A em 1933, Nina Simone foi uma grande pianista, cantora e compositora. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar blues, a "música do diabo", nos cabarés de Nova Iorque. Nina foi mais a fundo em seu passeio pela música e mergulhou fundo em diversos estilos como o jazz, soul, gospel e folk. Uma cantora versátil e de sensibilidade extrema, perseguida por ser negra e por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. Era uma intérprete visceral e tocava piano com energia e perfeição.

Recentemente foi lançado um remix de suas belas canções -“Nina Simone - Remixed & Reimagined” - um disco maravilhoso com versões extremamente diferentes das originais. Uma mistura de batidas eletrônicas, efeitos diversos e uma voz inconfundível. Vale a pena escutar. Compre uma bela garrafa de vinho e ligue o som, saboreie o melhor da música popular americana e não dirija. Lei seca na área, esqueceu?




Ícaro Vieira





quinta-feira, 10 de julho de 2008

Decadência Cultural

Nasci no início da década de 80 e em alguns surtos reflexivos que me atordoam frequentemente, percebi que de lá pra cá o mundo mudou muito. É claro que muitas coisas mudaram para melhor, por exemplo, a cura de várias doenças, a tecnologia estrondosa que invadiu as nossas vidas em todos os setores e segmentos, o que facilitou muita coisa. Mas onde quero chegar é na área cultura, formadora da ideologia e o caráter de milhares de crianças e adolescentes.

Substancialmente a inferioridade cultural do final da década de 90 e dos anos 2000, tomou conta de toda uma geração que hoje vive em crise existencial, rebola na boquinha da garrafa, não gosta de ler (porque não sabe interpretar), acha T.U.D.O ver filmes de humor fácil com cenas de sexo e adora cortar os pulsos para chamar a atenção.

Em um passado não tão distante, crianças não tinham nenhuma maldade e nas festinhas de aniversário o que se costumava a fazer era dançar ao som do Balão Mágico, Trem da Alegria, Dominó, Menudos. Cerveja era para adultos, tomávamos era refrigerante em copo de vidro, comíamos salgadinhos, brincávamos de pique-pega. A transformação de uma década para a outra não foi apenas simbólica. No final dos anos 90 e principalmente nos dias de hoje a banalização do sexo e da prostituição trouxe para o mundo (afinal de contas exportamos a influência musical – Axé - e suas dançarinas nuas para o mercado americano. Ou você não vê os clips de Rap cheio de mulheres peitudas e rabudas?) “grandes ícones” que jamais serão esquecidos, não pela habilidade musical, mas sim pelas suas nádegas enormes que serão lembradas no banheiro de milhares de adolescentes. Carla Perez virou Sheila Carvalho que virou Sheila Mello, que virou uma salada de fruta. Mulher melancia, moranguinho, melão... Ao invés de brincadeiras sadias, adolescentes transam sem camisinha e colocam filhos no mundo sem a menor condição, usam drogas como se fosse uma coisa normal, idolatram o Créu como se fosse algo místico. Rodas de viola à luz do luar onde canções poéticas como as escritas pelo Aborto Elétrico, Legião Urbana, Cazuza, foram substituídas por rodas de pagode romântico e micaretas, onde ficar com uma pessoa só é uma vergonha, tem que pegar é geral (Lembre-se, nada de conversar, porque tem que pensar muito se a conversa for filosofal). Revistinhas em quadrinho perderam espaço para os vídeos games cada vez mais realistas, violões foram trocados por armas, serenatas perderam a vez para as brigas.

Uma avalanche de esgoto cultural invadiu as mídias de todo o país e foi capaz de formar cidadãos despreparados, incapazes de modificar a realidade do Brasil e propor soluções. Escrever o próprio nome não é ser alfabetizado, juntar algumas palavras e formar uma frase não é compreender o que está escrito. Você acha que sua bagagem cultural influência a sua vida?

A discrepância é muita e a distância entre os anos não é tão grande assim. Gosto de falar que cada geração tem os heróis que merecem. Alguns idolatram Roger Walters outros preferem MC Serginho, alguns se distraem com as palavras de Guimarães Rosa, outros preferem a Rita Cadillac. Alguns veneram Che, outros Luciana Gimenez. A cultura forma pessoas diferentes que futuramente podem governar o nosso país. Quem nós queremos? A cada dia mingua os nossos intelectuais, ícones da música não nascem mais, literários morrem... a culpa é de quem? Da mídia que quer ganhar montanhas de dinheiro colocando mulheres gostosas e músicas de duplo sentido para o povo requebrar ou do estado que não deseja formar cidadãos intelectos que contestarão as formas de governo? Acho que é uma fusão dos dois grandes detentores do poder. É um mundo capitalista, o que é lucrativo sempre vai sair ganhando.

Quantos jovens que você conhece que lê bons livros, escuta música de qualidade, sabe a situação do mundo, tem um vocabulário amplo, conversa sobre diversos temas a não ser mulher, futebol e carnaval?
Se você tem medo do futuro e do que seus filhos irão ver, escutar, idolatrar, acalmem-se. As eleições da sua cidade estão chegando e a situação só irá piorar. Quer pagar pra ver?

Ícaro Vieira

quinta-feira, 3 de julho de 2008

INSÔNIA




Roda-gigante da vida

O mundo gira, as folhas caem no jardim, o sol nasce e morre todos os dias, tudo muda a cada instante. Ainda bem que não somos os mesmos, que mudamos nossos pensamentos, agimos demasiadas vezes de formas diferentes, até o nosso corpo muda freneticamente. Um dia somos lizinhos, no outro somos peludos loucos por uma lâmina de barbear, mas um dia ficaremos enrugados com poucos pêlos para contar história e com saudade daqueles cabelos longos da adolescência rebelde. É assim, e sempre será, uma verdadeira engrenagem que não pára. Exatamente isto que me atrai, que me deixa feliz, que me faz sonhar e querer viver cada dia veemente.
Estou dizendo isto porque mais um ciclo se completa e aqui estou, diferente do inverno passado. Graças a Deus. Não importa se mudei para melhor ou para pior, o fato é que sofremos metamorfoses sucessivas. Cabeça cheia de cultura ou vazia, corpo alterado ou estagnado, mente sã ou tuberculosa, demoníacos ou santidades ao seu lado. Você não pensa como antigamente, mesmo que queira permanecer na inércia a lei da gravidade faz suas atitudes mudarem. O sujeito pode ser durão, quando envelhece fica mais penetrável, acessível, sentimental. Faz parte do jogo da vida, aprendemos apanhando.
O fato é que o planeta muda junto com a gente, nossas atitudes é o combustível de tudo que está ocorrendo hoje. Se você muda pra pior, o mundo vai junto. Sua ignorância atrapalha tudo, você já percebeu? Olhe ao seu redor, todos só pensam em dinheiro, poder.... como o mundo está? Poluído, bagunçado, transtornado, perverso. Aqui estou, sobrevivendo ao holocausto. Sobrevivendo sem nenhum arranhão, mas com algumas histórias para contar. Você precisa mudar para melhor a cada instante, a cada segundo. Não seja apenas mais um no meio da multidão burra, estúpida. Seja mais sábio que ontem, mais ignorante que amanhã. Eu não me importo com as rugas que virão meu coração ficará mais puro e minha experiência falará por mim. Assim como minha forma de pensar agirá sobre meus atos e assim o mundo poderá ser um lugar melhor para vivermos. Já imaginou se todos nós fizermos isso? Quero saber mais sobre a vida, sobre o amor, mas nunca irei conhecer tudo. É exatamente isto que eu quero, viver correndo atrás de mais, da sabedoria completa, das coisas simples da vida, de entender e compreender meus pais, de ver meus filhos brincando no jardim florido sem poluição e o céu cinza. Mesmo sabendo que é muito difícil, eu quero tentar, eu quero seguir em frente. Não quero ser prófugo e sim profluente. Deixe-me viver, só isso que peço neste dia tão especial.



Ícaro Vieira