sábado, 13 de julho de 2013

VIVA O ROCK!


O rock não é para quem quer e sim para quem merece. Vida longa ao único estilo musical conhecido em todo planeta. 
13 de Julho. Dia Mundial do Rock.

Icaro Vieira

terça-feira, 9 de julho de 2013

Gustavo Telles e os Escolhidos

Você já ouviu dizer que brasileiro sabe fazer música Folk e ainda cantada em português? Pois bem, eu achava isso praticamente impossível até conhecer Gustavo Telles. Artista do Rio Grande do Sul, Gustavo tem um talento incrível e suas músicas lembram muito as de Bob Dylan, Bruce Springsteen e America. Gustavo Telles além de compositor é cantor e já foi integrante do grupo Pata de Elefante, uma das melhores bandas de música instrumental do Brasil, só que nessa ocasião ele tocava bateria. Agora em carreira solo ele assume os vocais e com sua poderosa guitarra Fender foi capaz de reunir um grupo seleto de grande músicos para lançar o seu primeiro álbum “Do seu amor, primeiro é você quem precisa”. São 12 faixas, onde o amor é abordado sob diferentes perspectivas com lindas melodias folk/rock. Uma obra perfeita que abusa de letras apaixonantes, arranjos e solos típicos do estilo musical americano. Vale a pena conhecer um pouco do seu trabalho e como o Folk é um estilo viciante. O disco está disponível para download gratuito no Álbum Virtual da Trama
http://albumvirtual.trama.uol.com.br/album/1128131240







Icaro Vieira

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Sou muitos Eus em um só.


Já sofri de teimosia, medo de segunda e bronquite aguda. Já torci por um time e mudei na cara mais dura. Já provei, já bebi, já fumei, viajei, beijei e até comi. Já iludi, assumi, afirmei, soneguei, me fodi. Já tive grana, já perdi, já tive educação e já desaprendi. Já fui vegetariano, comi muita carne, uivei para a lua e hoje prefiro o sol da tarde. Já escutei Ozzy e um pouco de mambo, já preferi a Índia e hoje me amarro num tango. Já fui atleta, já fui obeso, tive carro, já andei de camelo. Já mandei meu presidente pra cucuia, fiz dedinho e mandei enfiar na bunda. Já andei de terno e mal arrumado, já fui à missa muitas vezes obrigado. Já fui padre, fui endiabrado, milhares de vezes tentei ser amável. Já tive medo, já fui corajoso, já fui otário e também bom moço. Já fingi um sorriso para manter meu salário, já chamei meu chefe de palhaço. Já fui metódico e simpático, já fui fanático e também pragmático. Já fui falante, já fui calado, já tive cabelo grande e raspado. Já fui rebelde, apático, carente, amado. Já fui careta e também porra louca, já tive diploma e também já fui trouxa. Já fui canalha, já fui covarde, já fui amante e também enganado. Já louvei Deus, já fui ateu, já fui burguês, já fui plebeu. Já fui liberal, já oprimi, gostei de Dalai Lama e bombas explodi. Já fui mentiroso, já fui sincero e paguei caro por ser muito honesto. Fui poeta, fui escritor, fui fotógrafo e também ator. Já fui sangue quente, já fui morno, já fui frio e também escroto. Fui ético, fui etílico, já fui desordeiro, submisso, ordinário, cafona e já tive sonambulismo. Não sei se tudo isso é verdade ou surrealismo, pois eu vivo em constante transformação e não me lembro de tudo que eu vivo.

A realidade é que às vezes somos tudo isso e muito mais, às vezes queremos ser, raramente conseguimos, outras vezes morremos sem tentar ser o que realmente gostaríamos. Quase sempre temos medo e nos perguntamos no que os outros irão pensar, ainda mais vivendo em uma sociedade hipócrita que não aceita pessoas que fogem dos modelos pré-estabelecidos por sei lá quem. Quando somos diferentes, ousados, provocativos, multifacetários, muitas vezes somos atordoados por vozes que de dentro da gente questionam: o que fazer comigo? Sou tão diferente, mudo de opinião e postura demasiadamente. Até ficamos envergonhados sem saber o que fazer com nós mesmos, a verdade é que não há com que se envergonhar, ridículo seria se fossemos para sempre os mesmos. Nós erramos, aprendemos, a vida é uma enorme montanha russa onde superamos e decaímos a todo instante. Você tem de se preocupar quando sempre se é o mesmo. Desencorajado, apático, que definha aos poucos em uma vida pacata e sem graça, onde o medo de errar e mudar não o deixa viver. É inevitável amadurecer, a vida por si só nos dá esse prazer de transformação a todo instante, só não muda quem não quer ou prefere agradar os outros a si mesmo. Erre, mude, tente. Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter a mesma e velha opinião formada sobre tudo. Eu quero ser para sempre muitos em um só EU.

Icaro Vieira