sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O que seria do mundo sem os loucos?

Parece estranho, mas sempre que possível o homem sugere ao mundo a dizimação dos loucos. Seja através de remédios em doses cavalares, tratamentos psiquiátricos, clínicas especializadas, choques elétricos que voltaram com tudo neste século, humilhação popular dentre outras cositas mas.

Desde a existência do planeta terra e sua habitação pelo homem os loucos sempre foram vistos de maneira bem peculiar. Qualquer ser humano que não segue os padrões da sociedade, suas razões e suas regras são considerados loucos. Pensadores, filósofos, cientistas, pintores... em sua grande maioria ainda são vistos pelos olhos da sociedade burra como aberrações da natureza. Não passam de um bando de loucos sem terem o que fazer.

Alguém foi louco o bastante para construir um avião e ainda testá-lo? Alguém foi louco o bastante para desenvolver teorias como a da relatividade e morrer em um hospital psiquiátrico? O fato é que os homens considerados “normais” jamais conseguiram mover o mundo. E porque ainda queremos julgá-los e condená-los?

Homens normais sonham apenas aquilo que é possível de se realizar, executam tarefas simples e nunca serão lembrados pela humanidade. A história do mundo foi e será escrita pelos loucos que sonharam em ir além. Einsten, Salvador Dali, Van Gogh, Baudelaire, Nietzsche... todos considerados loucos, pagaram altos preços impostos pela sociedade, mas nunca desistiram de mudar o mundo para sempre, mesmo que tenham sido silenciados várias vezes.

O que seria do mundo sem os loucos? Homens normais só habitam um mundo evoluído por causa deles. Sem os loucos o mundo seria tedioso.

“Quando eles perceberem que a minha loucura é pura genialidade, será tarde demais, os choques elétricos vão ter acabado com ela”. Frase de um interno de um determinado hospital psiquiátrico brasileiro que li há poucos dias e jamais me esquecerei.

Ícaro Vieira

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