quarta-feira, 30 de abril de 2014

Música para os meus ouvidos.


Não precisa me conhecer pessoalmente para saber que sou um ser apaixonado por música. Até quem visita o no “Na Caixola” raramente, já percebeu de alguma maneira que as guitarras e melodias fazem parte da minha vida. Sempre estou cantarolando uma canção, batucando em algum móvel, procurando novas bandas para me satisfazer, etc e tal. Nasci escutando música, tudo começou mais precisamente no ventre de minha amada progenitora. Ali havia o líquido amniótico e lhe confesso, que barulhinho bom, uma incrível cabine acústica. Um belo sonífero, calmante como um forte suco natural de maracujá ou uma melodia do Coldplay.

Brincadeiras a parte, a essência da minha vida está na música. Porém, nunca gostei apenas de escutar uma maravilhosa canção. Desde muito cedo, eu fazia performances extravagantes em frente ao espelho ou na enorme câmera de filmar do meu pai. Ele adorava registrar o pequeno astro do rock fazendo caras e bocas, segurando uma guitarra de brinquedo e interagindo com a filmadora à altura de Mick Jagger ou Jimmy Page. Sem nenhum escrúpulo ou timidez.

O tempo passou e logo no início de minha pré-adolescência, pedi para entrar em uma aula de violão. Com receio de que fosse apenas um fogo de palha, afinal sempre entrei e saia de uma aula com a mesma intensidade, meu pai não quis comprar um instrumento para mim, pegou emprestado. Eu fui gostando cada vez mais e pegando gosto pelo negócio. Cheguei a mudar de professor, pois o mesmo não conseguia me acompanhar. Montei uma banda de rock adolescente com os meus amigos, aprendemos a tocar juntos. Meu pai chegou a montar um estúdio bem estruturado na garagem de casa, coisa fina, ar condicionado, banheiro e tudo mais. Estranho que minha juventude foi mais intensa e rock`n roll que a dos dias atuais, tocávamos canções dos Raimundos, Planet Hemp, Charlie Brown, Titãs, Legião. Hoje está tudo muito xoxu, brega, ridículo pra falar a verdade, a mulecada quer jogar vídeo game e escutar Luan Santana. Mas, isso não importa agora, cada um tem o que merece.

Brigamos muito, discutimos, divertimos, aprendemos, vivemos. Foram um dos melhores anos da minha vida, nunca vou esquecer. Rock sem compromisso, apenas a ideia de fazer e acontecer. Lógico que muita coisa mudou, meus conceitos, virtudes e vícios, mas o amor pela música permaneceu.


E no início deste ano, eu e o meu amigo Naísses, companheiro de infância, decidimos fazer uma “Jam”. Chamamos mais dois amigos, nunca tínhamos tocados com eles antes (João e Vinícius), e fomos para um lugar maravilhoso, natureza presente, muito verde e sol ao redor, um ambiente perfeito para tirar um som. Foram umas quatro horas de muito rock, assistido por familiares e amigos de longa data. A vibração foi forte, uma sinergia ímpar. A verdade é que não importa se faz rock da melhor forma, o importante e fazer, criar, correr atrás, ter atitude, vibração, energia. Rock é isso, nada minimalista, politicamente correto e calculado. A essência está na atitude. E olha, para nós que nunca tínhamos tocado juntos, fizemos um som bem legal. Pelo menos eu acho, rsrsrsrsr.

Confira no vídeo abaixo um pouco da nossa Jam. 




Icaro Vieira

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto, adorei e a banda é melhor que a original kkk bjos
Delena